PT no RN vai seguir recomendação nacional e não deverá participar de ato programado para o próximo domingo 12.

Movimentos de direita organizam um protesto contrário ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no próximo domingo 12 em Natal. Pelo menos cinco grupos organizam o ato, programado para acontecer às 15h com concentração na calçada do Midway Mall. O Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio Grande do Norte afirmou que não participará da mobilização.

Segundo os organizadores da manifestação, o objetivo é pedir o impeachment do presidente – pauta também da esquerda. “Somos um grupo estudantil de centro-direita com a proposta de dar uma voz a esse público na UNE [União Nacional dos Estudantes]. Propagamos a liberdade e damos liberdade para os nossos membros em pautas políticas estudantis”, explicou Filipe Vilela, que faz parte da União da Juventude Livre no RN.

“Estamos agregando e somando forças, não importa o espectro político, para pedir o ‘Fora Bolsonaro’”, disse o jovem. Além da União da Juventude Livre, participarão do ato no domingo o movimento Luiz Gama, um grupo de estudantes liberais; Livres, grupo político; Movimento Eu Acredito, de renovação política e Moxie Girl Up, um grupo feminista. Movimentos de centro- esquerda também irão participar, assim como o JPSDB (Juventude do PSDB), JPDT (Juventude do PDT), JDEM (Juventude do DEM).

A imprensa, o presidente do PT no Rio Grande do Norte, Júnior Souto, afirmou que o partido não participará das manifestações – seguindo orientação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que afirmou que o partido não foi convidado. Nacionalmente, os atos foram convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL). “A orientação nacional é o que prevalece para os diretórios estaduais. A posição que a companheira Gleisi manifestou é a que a gente vai adotar no RN”, disse.

No entanto, Souto enfatiza que possivelmente poderá acontecer, em breve, uma comunicação maior entre os movimentos da esquerda e da direita em ações contrárias à atual gestão federal, devido ao momento político que o Brasil enfrenta.

“Pessoalmente, acho que os acontecimentos de 7 de setembro, a meu ver, aprofundaram o isolamento do governo federal. Isso talvez represente, efetivamente, a disposição de novos atores políticos em se integrar esse esforço pelo impeachment de Bolsonaro. Nesse sentido, a minha expectativa é que a retomada das ruas deve ser um objeto de discussões que envolva o campo democrático de esquerda e os novos atores. Mas isso precisa ser centralizado e, consequentemente, ainda tratado e comunicado a nós”, pontuou Júnior Souto.

Na quarta-feira 8, a direção da Central Única dos Trabalhadores (CUT) divulgou um comunicado para informar que “não participará, não convocará e não faz parte da organização de nenhuma manifestação/ato, anunciada para o próximo dia 12 de setembro”.

Segundo a CUT, “este ato foi convocado por grupos de direita, como MBL e Vem Pra Rua, que contribuíram com o golpe de 2016, que foi contra o Brasil e os brasileiros, e que culminou com a eleição de Jair Bolsonaro. Desde então, além das crises social, econômica e sanitária, a classe trabalhadora vem sofrendo uma série de ataques contra seus direitos”.

Fonte: Agora RN
Foto: Reprodução