Na solenidade pelos 112 anos do IFRN, Fátima registra: “educação prepara o aluno para a vida.

A governadora professora Fátima Bezerra participou nesta terça-feira, 21, da solenidade comemorativa dos 112 anos de instalação do IFRN – Instituto Federal do Rio Grande do Norte. “Sou autora da emenda que incluiu no plano plurianual a expansão da educação profissional no Brasil. A expansão permitiu que o Brasil passasse de 140 institutos para mais de 600. No Rio Grande do Norte passamos de duas unidades para 22 escolas. Carrego isso na minha biografia e tenho orgulho imenso por que as escolas profissionalizantes preparam o aluno para a vida e são conquista do povo do RN e do Brasil”, afirmou a governadora ao lembrar sua atuação no exercício do mandato de deputada federal em 2003.

Fátima disse que é preciso resgatar a memória de lutas. Também como parlamentar e militante na defesa da educação lembrou que foi autora da proposta que definiu o ex-presidente da República Nilo Peçanha, que criou as Escolas de Artífices no Brasil – origem aos atuais Institutos Federais – como patrono da educação tecnológica brasileira. Nos últimos meses, a governadora lembrou: “sofri, sonhei e lutei com vocês no enfrentamento ao ataque que queria impedir a posse do reitor legítima e democraticamente eleito. Mas é gratificante quando a gente participa das lutas e elas rendem frutos. Hoje está oficialmente empossado na reitoria o professor José Arnóbio. Parabéns professor Arnóbio e comunidade do IFRN, pela força e pela luta com dignidade”.

A governadora citou o programa Nova Escola Potiguar (PNEP), lançado no último mês de julho que vai investir R$ 400 milhões e contempla conjunto de ações estruturantes na educação estadual do Rio Grande do Norte. Serão investidos R$ 400 milhões em capacitação profissional, combate ao analfabetismo, tecnologia da informação, construção de 12 Institutos Estaduais de Educação Profissional (IERNs) – seguindo o modelo dos IFRNs – 10 novas escolas-padrão, reformas em 60 escolas e recuperação em outras 100. “Será o maior investimento em educação na história do RN”, destacou Fátima Bezerra.

Presidente da Frente Parlamentar em defesa dos Institutos Federais na Assembleia Legislativa do RN, o deputado Francisco Medeiros também ressaltou o fato de “hoje temos o reitor legitimamente eleito exercendo o cargo depois muita luta. Iniciamos esta semana comemorando o centenário de nascimento de Paulo Freire, patrono da educação brasileira. Os 112 do IFRN é um legado importantíssimo para povo potiguar em função do aprendizado proporcionado. Na frente parlamentar temos resistido aos ataques sofridos nos últimos tempos. Parabéns a toda comunidade do IFRN e contem sempre com nosso apoio”, afirmou. “Quando a gente vai ao interior sabemos o que significa o IFRN no Estado. Vemos filhos e filhas das classes trabalhadores com acesso aos Institutos Federais que oferecem educação e conhecimento profissional de qualidade. Me honra participar desta comemoração”, declarou a deputada federal Natália Bonavides.

A coordenadora geral do Sinasefe em Natal, professora Nadja Costa disse que a data é motivo de comemoração e alegria. “Nossa escola ensina ciência, humanismo, arte e política. Lutamos pelos servidores e também para manter propósitos da instituição. Hoje, diante das ameaças à educação, lutamos para manter a qualidade do ensino e a democracia na instituição, respeito ao processo de escolha do reitor, e contra a intervenção que durou oito meses”.

Na solenidade no auditório do IFRN Central de Natal a governadora esteve acompanhada pelo vice-governador Antenor Roberto, secretário estadual de Educação, Getúlio Marques (ex-reitor do IFRN), Gilton Sampaio, diretor da Fapern. Também participaram diretores e professores do Instituto, Jairo José dos Santos, superintendente da Funcern, a deputada presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, Isolda Dantas, os vereadores em Natal Brisa Bracchi, Pedro Górki e Robério Paulinos (os três são ex-alunos do IFRN) e a representante dos servidores terceirizados.

O INSTITUTO NO RN

  • Unidades do IFRN: Apodi, Caicó, Canguaretama, Ceará-Mirim, Currais Novos, Ipanguaçu, João Câmara, Jucurutu, Lajes, Macau, Mossoró, Natal – Central, Natal – Cidade Alta, Natal – Zona Leste (EaD), Natal – Zona Norte, Nova Cruz, Parelhas, Parnamirim, Pau dos Ferros, Santa Cruz, São Gonçalo do Amarante e São Paulo do Potengi.
  • Até 2003, o RN contava com apenas duas unidades do IFRN, o Campus Central em Natal e outra em Mossoró. Atualmente, tem 22 unidades e é um dos estados mais bem contemplados no plano de expansão da educação profissional executado de 2004 a 2016.
  • O IFRN tem 40 mil estudantes nos 22 campi em todas as regiões do Estado, oferecendo cursos de níveis médio e superior, nas modalidades presencial e à distância.
  • Os cursos à distância são ofertados pela Instituição e através da Rede Escola Técnica do Brasil (Rede e-Tec Brasil) e do Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).
  • São oferecidos 135 cursos nas áreas de Controle e Processos Industriais; Desenvolvimento Educacional e Social; Gestão e Negócios; Informação e Comunicação; Infraestrutura; Produção Alimentícia; Produção Cultural e Design; Turismo, Hospitalidade e Lazer; Produção Industrial e Recursos Naturais.
  • O IFRN atua também na formação inicial e continuada de professores, sobretudo nas áreas em que a carência de docentes é maior, como Matemática, Química, Biologia e Física.
  • Além dos cursos regulares, o IFRN oferece cursos de curta e média durações para pessoas com os mais diversos níveis de escolaridade, através dos Programas de Acesso ao Ensino Médio e Emprego (Pronatec/Bolsa Formação) e Mulheres Mil.
  • A Instituição oferece para a comunidade acadêmica programas de iniciação científica e tecnológica; de fomento a projetos de pesquisa e inovação; e de incubação de empresas. Esses programas são executados com recursos próprios e de agências de fomento (CNPq, Capes, Fapern, Funcern, Petrobras, entre outros), permitindo a difusão da produção científica em eventos, mostras tecnológicas e na publicação de artigos em periódicos especializados no Brasil e no exterior.
  • A democratização do acesso ao ensino de qualidade e o combate à evasão escolar são uma das prioridades da Instituição que, 19 anos antes de o governo federal sancionar a lei de cotas sociais e raciais (nº 12.711/2012), nas instituições federais de ensino, já reservava 50% das vagas nos cursos a alunos egressos das escolas públicas. Com a promulgação da Lei de Cotas, os critérios financeiro e racial se somaram aos das cotas sociais para ingresso nos cursos técnicos e superiores de graduação do Instituto.

HISTÓRIA

  • A história da instituição começa em 23 de setembro de 1909 quando o então presidente Nilo Peçanha assinou decreto de criação de 19 Escolas de Aprendizes Artífices, entre as quais a de Natal. Instalada em janeiro de 1910 no antigo Hospital da Caridade, onde atualmente funciona a Casa do Estudante de Natal, a Escola de Aprendizes Artífices oferecia curso primário, de desenho e oficinas de trabalhos manuais.
  • Em 1914, a instituição foi transferida para a Avenida Rio Branco, ocupando, durante 53 anos, o edifício n.º 743, construído no início do século XX, anteriormente ocupado pelo Quartel da Polícia Militar.
  • A mudança de denominação para Liceu Industrial de Natal integrou a reforma de 1937, do Ministério da Educação e Saúde, a quem as Escolas de Aprendizes Artífices estavam subordinadas desde 1930.
  • Nessas mesmas instalações da Avenida Rio Branco, em 1942, o Liceu recebe a denominação de Escola Industrial de Natal, passando a atuar, 20 anos depois, na oferta de cursos técnicos de nível médio, e transformando-se, em 1965, em Escola Industrial Federal.
  • Em 1967, a escola passou a ocupar as novas instalações, avenida Senador Salgado Filho, no bairro do Tirol, onde hoje funciona o Campus Natal-Central do IFRN, recebendo, no ano seguinte, em 1968, a denominação de Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte (ETFRN).
  • Com o passar dos anos, os cursos industriais básicos foram dando lugar ao ensino profissionalizante de 2º grau. Outra mudança importante foi o ingresso de estudantes do sexo feminino nos cursos regulares da Instituição, a partir de 1975.
  • Em 1999, foi transformado em Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), cujos desafios incluiriam a oferta de educação profissional nos níveis básico, técnico e tecnológico, além do ensino médio.
  • A atuação do Cefet no ensino de 3º grau começou com a oferta de cursos de graduação tecnológica, ampliando-se, posteriormente, para os cursos de formação de professores, as licenciaturas. Mais recentemente, a instituição passou a atuar também na educação profissional vinculada ao ensino médio na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) e no ensino à distância.

Fonte: Governo do RN/ASSECOM
Foto: Elisa Elsie