Cerca de 92% das mulheres natalenses dizem ter sofrido algum tipo de assédio em ambiente coletivo, mas nunca denunciaram o agressor. De olhares inconvenientes ao toque em alguma parte do corpo, ou a encostada proposital, são agressões enfrentadas diariamente por mulheres e meninas na capital. Os dados estão em uma pesquisa recente realizada pela Prefeitura de Natal e apresentada ao público durante o lançamento da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. A ação foi deflagrada nessa quinta-feira (25), data considerada um marco mundial do movimento pela eliminação da violência de gênero contra mulheres e meninas.

Encampada pela Prefeitura do Natal, por meio da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (Semul), a campanha foi lançada numa solenidade conduzida pela primeira-dama do município Amanda Grace Dias, representando o Executivo municipal e pela secretária Andréa Ramalho (titular da Semul), no salão nobre do Palácio Felipe Camarão.

PESQUISA

A pesquisa quantitativa abordou 650 mulheres, entre trabalhadoras e frequentadoras dos bares e restaurantes de Natal nas quatro regiões administrativas. Realizada entre 5 a 7 de novembro, em 63 estabelecimentos da cidade, a pesquisa apontou que dos tipos de violência mais frequentes são olhares inconvenientes (79,45%) e cantadas inconvenientes ( 78,29%). Porém, 26,79% sofreram assédio por gestos obscenos, 41,34% sussurros indecorosos, 41,34% por toque em alguma parte do corpo, 42,73%. Do universo abordado, 85,69% das mulheres se declararam pardas ou brancas e 11,38% pretas, dessas 53 por cento católicas 21% sem religião e 18% protestante ou evangélica.

Fonte: Blog do BG
Foto: Divulgação