Deputado Girão reconhece que PL integra base de apoio à governadora, mas diz que “é importante que o partido siga o que foi estabelecido nacionalmente”.

Após a filiação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, ao Partido Liberal (PL), durante evento realizado nesta terça-feira 30, em Brasília, foi a vez do deputado federal General Girão anunciar que também irá para a mesma sigla, conforme acordado com o chefe do Executivo Federal. A filiação do potiguar ao PL, porém, não pode ser feita de imediato, pois o deputado bolsonarista ainda é filiado ao PSL, partido que se fundiu com o DEM para formar o novo União Brasil. A fusão ainda precisa ser avaliada e homologada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, com a fusão, os mandatários ganham uma brecha legal para deixar o partido, sem o risco de perder o mandato.

Em entrevista exclusiva ao Agora RN, o deputado federal General Girão falou sobre a expectativa com o novo partido. “O nosso líder na missão política é o presidente Bolsonaro. Conversamos com ele e definimos a nossa ida para o PL. A nossa intenção primeira é unir forças para ‘endireitar’ o Rio Grande do Norte. Então, espero que o PL seja um partido atuante em prol do momento de mudanças que nosso país atravessa”, disse o parlamentar, acrescentando que não há nenhuma intenção, de sua parte, em assumir a presidência do partido no Estado.

O RN conta, atualmente, com três deputados estaduais filiados ao PL e que integram a base da governadora Fátima Bezerra (PT). Questionado pela reportagem sobre como ficaria a situação entre este grupo e os bolsonaristas, o General Girão foi sucinto. “Espero poder conversar com o deputado João Maia para organizarmos o PL no RN, conforme o acordo feito nacionalmente. É importante que o partido estadual siga o que foi estabelecido com a presidência nacional do PL. Não podemos apoiar ninguém de esquerda”, afirmou o deputado federal.

Já sobre a expectativa para o pleito de 2022, o parlamentar ressaltou que pretende disputar a reeleição, porém, “cumpre missão”. “O nosso grupo tem ótimos nomes e isso deve ser decidido pelo nosso líder, o presidente Bolsonaro, mais para frente. O que mais queremos é que a política seja feita de forma justa e transparente. Uma mudança ampla precisa ocorrer para que possamos ter melhor reconhecimento da sociedade, que é a quem devemos satisfação”, concluiu o General Girão.

Fonte: Agora RN