A vacina da Pfizer aplicada em três doses é capaz de neutralizar a variante Ômicron da covid-19. É isso que anunciou nesta quarta-feira (8) a farmacêutica estadunidense após realizar um estudo que demonstrou um aumento de 25 vezes no número de anticorpos, para quem tomou a dose de reforço, em comparação com quem tomou apenas as duas primeiras.

Para quem finalizou o esquema vacinal com a Pfizer, ou seja, tomou a D1 e a D2, não há anticorpos o bastante para lutar contra a variante Ômicron, mas a vacina ainda é capaz de proteger contra o desenvolvimento de doença grave. O que a D3 faz com o organismo para a proteção contra a variante é comparável ao nível de anticorpos que as duas primeiras doses da vacina protegem contra o vírus original.

Os resultados desse estudo da Pfizer demonstram que os anticorpos induzidos pela vacina neutralizam a variante Ômicron do coronavírus após três doses.

Duas doses ainda protegem?
A resposta imunológica induzida pela vacina da Pfizer conta com outros mecanismos de defesa, como a ativação de células de defesa do organismo chamadas de linfócitos T. Por isso, segundo a farmacêutica, as pessoas com o esquema vacinal completo (duas doses) ainda podem estar protegidas contra formas graves da doença.

A resposta celular gerada pelos imunizantes também envolve células de memória do sistema imunológico que permanecem no organismo. Assim, quando o indivíduo entra em contato com a covid-19 por meio de uma infecção natural, elas ativam a produção de anticorpos que respondem contra a infecção, evitando principalmente os casos graves, hospitalizações e mortes pela doença.

Fonte: Tribuna do Norte
Foto: ADRIANO ISHIBASHI/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO