Com as quedas de Bahia e Sport, será a primeira vez em sete anos que a elite do futebol nacional terá menos de 3 representantes nordestinos.

O encerramento do campeonato brasileiro de 2021, que foi finalizado na quinta 9, confirmou uma marca negativa para os clubes do nordeste. Com as quedas de Bahia e Sport, será a primeira vez em sete anos que a elite do futebol nacional terá menos de 3 representantes nordestinos. A última vez em que isso aconteceu foi na temporada 2015, que ficou marcada pela melhor campanha de um clube da região até então. O Sport, o único representante do nordeste naquele campeonato, terminou na sexta colocação e ficou a três pontos de disputar a Copa Libertadores da América.

Já na atual edição do Brasileirão, o Sport consolidou o próprio rebaixamento para a segunda divisão na 35 rodada do campeonato, quando perdeu para o São Paulo por 2 a 0 e viu o Juventude, adversário direto e que escapou da queda na última rodada, vencer o Bragantino por 1 a 0 com o gol de Ricardo Bueno. Os resultados tiraram as chances matemáticas de escape do Leão, que amargou o quinto rebaixamento da sua história.

Com o Bahia, a história foi completamente diferente. O Tricolor chegou a última rodada com chances reais de escapar. Se não vencesse a sua partida, que era contra o Fortaleza no Castelão, precisava ficar de olho nos jogos de Juventude x Corinthians e Grêmio x Atlético MG.

Ás 23:30, todos os jogos estavam encerrados, e o pior cenário para o torcedor baiano aconteceu. A derrota para o Fortaleza e a vitória do Juventude confirmaram o quarto rebaixamento da história do Esquadrão, que só conseguiu vencer um time do G-5 durante todo o Brasileirão: o Fortaleza, no primeiro turno.

Os erros
Nenhum time cai á toa. Em todo o campeonato, Bahia e Sport tiveram 38% e 33% de aproveitamento, respectivamente. Em relação ao número de derrotas, os baianos perderam 17 e os pernambucanos 18 partidas. No extracampo, as coisas também não foram bem: entre novembro de 2020 e outubro de 2021, o Sport teve seis presidentes diferentes a frente da diretoria do clube. Já no Tricolor, houve salários e direitos de imagem atrasados (que motivaram jogadores a não conceder entrevistas e nem concentrar no CT do time) afastamentos e trocas de treinadores. Todos esses fatores influenciaram o fracasso dentro das quatro linhas, e nem mesmo os jogadores “medalhôes” como Hernanes e Rodriguinho puderam reverter essa situação.

Agora, Ceará e Fortaleza serão os únicos representantes do futebol nordestino na série A em 2022. Como ponto positivo, o Leão e o Vozão também representarão a região nas principais competições internacionais da América do Sul: a Libertadores e a Copa Sul-Americana.

Fonte: Agora RN