Categoria montou tendas e protestou em frente ao prédio da prefeitura cobrando avanço nas negociações do piso salarial. Eles cobram reajuste de 12,84%.

Professores da rede municipal de ensino em greve, foram agredidos com spray de pimenta durante um ato realizado em frente a Prefeitura de Natal, na manhã desta segunda-feira (20). A categoria montou tendas na frente do prédio cobrando avanço nas negociações do piso salarial.

A categoria reivindica reajuste de 12,84%, além de melhoria na estrutura das escolas, redução de alunos por sala, entre outros problemas. Os professores iniciaram a greve no dia 10 de dezembro alegando que estão sem reajuste há 2 anos.

Os trabalhadores informaram que as negociações com a Secretaria Municipal de Educação (SME) começaram no ano passado. Mas eles recusaram a proposta de 6,42% de aumento que foi oferecida pela SME.

“Hoje, mais uma vez, viemos aqui para tentar uma audiência com o prefeito para continuar as negociações e, surpreendentemente fomos recebidos de forma violenta. Os guardas municipais jogaram spray de pimenta na gente, que estamos aqui em um protesto pacífico. E nós repudiamos essa atitude da guarda municipal e da prefeitura do Natal”, relatou a diretora de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte (Sinte-RN), Telma Farias.

Segundo os professores, as agressões começaram quando uma comissão da categoria tentou entrar no prédio da Prefeitura.

“Eu fui um dos agredidos. Recebi spray de pimenta, empurrão da guarda, de uma forma bastante truculenta e desnecessária. A gente lamenta tratar professores de uma forma tão hostil, onde apenas estamos querendo que o nosso direito seja garantido”, contou Ekeoma Santos, professor que participava do protesto.

A Guarda Municipal informou que houve uma tentativa de invasão à prefeitura, e que o spray foi usado para dispersar e liberar a saída de quem estava dentro do prédio.

Negociação
No fim da manhã, uma comissão de professores foi recebida por um representante da Secretaria Municipal de Educação.

O Secretário Adjunto de Administração Geral, Aldo Fernandes de Sousa Neto disse que os 6,42% oferecidos, começariam a valer de imediato, incluindo o retroativo de janeiro a novembro, para os professores ativos e inativos.

“Estamos em um ano de recessão e isso tem suas consequências negativas para a economia do Brasil, que impactará na repatriação do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) para 2022”, explicou Aldo. A proposta foi recusada pela categoria.

Os professores continuam reunidos em frente a prefeitura, aguardando o fim da reunião.m “Está muito complicado viver com o salário desatualizado com todos esses custos: água, energia, gás, gasolina, tudo aumentando e nosso salário defasado”, protestou Telma Farias, do Sinte-RN.

Fonte: G1 RN
Foto: Reprocução