Ao menos 12 chefes e ex-chefes do tráfico de drogas do Rio de Janeiro, que cumpriam pena na Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho (Bangu 4), teriam recebidos visitas íntimas irregulares. O fato resultou na exoneração do diretor, do subdiretor e um segurança da unidade nesta terça-feira (11).

O afastamento dos diretores ocorre uma semana após a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) instaurar um procedimento para apurar a entrada irregular de 15 mulheres em troca de suposto pagamento de propina. 

As visitas íntimas beneficiaram integrantes da facção criminosa TCP (Terceiro Comando Puro), que segundo a Vara de Execuções Penais (VEP) são de alta periculosidade. A suspeita é de que os servidores tenham recebido R$ 3.000 em propina para facilitar o encontro em 23 de dezembro. Banheiros da unidade chegaram a ser utilizados pelos detentos para os encontros sexuais, segundo imagens apreendidas pela VEP.

“As imagens do sistema de monitoramento do pátio de visitas demonstram a utilização reiterada dos banheiros do pátio para uso como local de visita íntima (infração conhecida como “ratão”). As cenas, inclusive, indicam uma absurda ausência de qualquer tipo de fiscalização do local pelos servidores da unidade, o que autoriza pressupor que tenha ocorrido uma omissão intencional dos agentes”, afirma Bruno Monteiro Rulière, juiz da VEP.

Nove presos já identificados foram transferidos para a Penitenciária de Segurança Máxima Laércio da Costa Pelegrino (Bangu 1). Policiais penais que estavam de plantão no dia do encontro deverão ser transferidos para outras unidades prisionais.

Fonte: Portal Grande ponto com informações de UOL