Na imprensa nacional, integrantes do PSB e do PDT, que mantêm diálogo para aliança, dizem que partidos menores seriam prejudicados com provável hegemonia do PT em suas bancadas na Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas. A liderança do ex-presidente Lula da Silva (PT) nas pesquisas de intenção de voto, assim como as chances de os petistas aumentarem a sua bancada parlamentar — que já é a segunda maior na Câmara –, tem sido um empecilho para a formação de federações entre partidos na centro-esquerda.

A federação, aprovada pelo Congresso em uma minirreforma no ano passado, obriga os partidos a permanecerem unidos pelo prazo mínimo de quatro anos em casas legislativas de todo o país. As regras também obrigam as siglas a votarem em bloco no Legislativo e a disputarem unidas as eleições municipais, em 2024.Esses compromissos obrigatórios atrapalham alianças regionais e, no Congresso, o receio é de que bancadas menores tenham pouca influência interna.

Pelo calendário do TSE, partidos e federações que tenham o desejo de participar das eleições de 2022 precisam estar registrados até 2 de abril deste ano, seis meses antes do primeiro turno da eleição presidencial. O apoio às candidaturas ao Planalto, contudo, tem mais tempo para ser discutido, até 15 de agosto.

Socialistas
No PSB, são contra a federação com o PT os representantes do Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso (que não querem estar ao lado do PT). Tocantins é contra a formação de qualquer federação. “Sou contrário a federação de partidos, acho que isso é para fazer com que os grandes fiquem ainda maiores e os outros fiquem tão pequenos que acabem desaparecendo com o tempo”, diz o deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS).
Potiguar com dificuldades de montar uma nominata segura, o deputado federal Rafael Motta sonha com a federação com o PT. Em 2018, ele foi beneficiado com a coligação dos partidos e colegas que hoje apoiam Bolsonaro. Este ano, está focado em Lula.

Sexualidade
Ninguém fala em outro assunto nas últimas 24h no Rio Grande do Norte. O senador Styvenson Valentim (Podemos), no Programa Repórter 98, deu uma declaração pra lá de polêmica sobre sua sexualidade. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o trecho polêmico transcrito a seguir: “Pode ser homem?” questionou o repórter, imediatamente após a declaração de Valentim. “Por que não?”, declarou o parlamentar.

União
Os presidentes do PDT e do Cidadania, Carlos Lupi e Roberto Freire, respectivamente, combinaram uma conversa dos dois partidos sobre a formação de uma federação para as eleições de 2022. A iniciativa foi do pedetista. No RN, o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) e o ex-deputado Wober Júnior (Cidadania) já vivem em uma “federação na prática” há várias eleições.

Fonte: Coluna Política Agora RN
Foto: Ilustrativa