Vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, Evair de Melo (PP-ES), falou como devem ficar os ministérios das Comunicações e do Desenvolvimento Regional.

Com base na legislação eleitoral, os ministros que pretendem ser candidatos nas eleições deste ano devem se desincompatibilizar de seus cargos até até 1º de abril. No último dia 8, o presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu que até 12 ministros deverão deixar o governo para disputar o pleito. Agora, a disputa pela vaga no Senado entre os potiguares Rogério Marinho e Fábio Faria pode ter chegado a uma solução.

O vice-líder do governo federal na Câmara dos Deputados, Evair de Melo (PP-ES), falou ao Correio Braziliense como devem ficar os ministérios das Comunicações, comandado por Fábio Faria (PSD), e do Desenvolvimento Regional, liderado por Rogério Marinho. Como neste ano haverá apenas uma vaga para o Senado em cada unidade da Federação, Marinho continuará no ministério, em favor da candidatura de Faria a senador pelo Rio Grande do Norte, segundo o deputado.

Bolsonaro disse esperar que todos os ministros fiquem nos cargos até o último dia do prazo de desincompatibilização, em abril. “Gostaria que eles saíssem somente um dia antes do limite máximo, para não termos qualquer problema. Já começamos a pensar em nomes para substituí-los, e alguns estão mais que certos. A maioria será por escolha interna, até mesmo porque seria um mandato-tampão até o fim do ano”, disse o presidente.

O vice-líder do governo na Câmara também confirmou a tendência. “Essa é a intenção do presidente, ele tem manifestado esse desejo, de assumirem os secretários-executivos, indicados pelos próprios ministros”, frisa o parlamentar. “Em tese, não vai haver nenhuma surpresa, não tem nenhuma negociação política de partido A ou B condicionando a ocupar uma vaga em ministério para poder manter governabilidade. Vai ser sem emoção essa reforma. É só uma acomodação. É um período muito curto, um mandato-tampão.”

Líder da bancada da bala, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) prevê também que os ministérios passarão a ser comandados pelos respectivos secretários-executivos, que, atualmente, ocupam a segunda posição na hierarquia das pastas.

“Devem chegar a um acordo”, diz Bolsonaro
“Os dois ministros querem ir para o Senado. Vamos ver se eles chegam a um acordo, porque se os dois resolverem disputar (ao mesmo tempo) fica difícil”. Essa foi a recomendação de Bolsonaro sobre a possibilidade dos ministros Fábio Faria e Rogério Marinho de disputarem a única cadeira de senador pelo RN em 2022. Para Bolsonaro, os dois ministros, cada um à frente da sua pasta, têm realizado um trabalho “excepcional”, não só aqui no Estado, mas também em outras regiões do país.

Fonte: Agora RN com informações do Correio Braziliense