Uma testemunha que prestou depoimento na investigação sobre o brutal assassinato de Moïse Kabagambe disse à Delegacia de Homicídios da Capital que os homens que agrediram o congolês na Barra da Tijuca disseram a ela para “não olhar” as agressões.

Segundo eles, Moïse estava assaltando as pessoas, e eles “queriam dar um corretivo”.

Em depoimento na Delegacia de Homicídios na terça-feira (1°), a testemunha contou que viu as agressões quando foi comprar um refrigerante no quiosque Tropicália, por volta das 22h do dia 24 de janeiro.

Ela disse que foi comprar a bebida e que a funcionária estava muito nervosa, pois já teria pedido para que os homens parassem as agressões, sem sucesso.

Guardas municipais teriam se negado a ajudar

A testemunha disse que foi buscar auxílio na areia com dois guardas municipais, que não foram ajudar. Quando subiu novamente para buscar ajuda, já acompanhada do marido, viu Moïse amarrado. Seu marido, segundo ela, teria comentado que achava que Moïse já estava sem vida.

Guarda Municipal do Rio informou, por sua vez, que “não recebeu notificação em relação ao testemunho relatado”.

Apesar disso, a GM disse que vai enviar um ofício à Polícia Civil solicitando mais detalhes sobre a possível citação. A instituição está sempre disponível a cooperar com as autoridades policiais responsáveis pela investigação em caso de acionamento.

A testemunha reconheceu o homem que pediu para ela “não olhar” como sendo Aleson Cristiano de Oliveira Fonseca, o “Dezenove”, que estava com uma blusa vermelha e preta do Flamengo.

Ele aparece nas imagens dando golpes com o taco de beisebol em Moïse, já desacordado no chão.

Fonte: G1

Foto: Reprodução e Henrique Coelho/g1