Dados coletados por Rosa Maria Miranda serão analisados por instituições para serem validados. Se as detecções forem confirmadas, elas podem se tornar descobertas.

A catarinense Rosa Maria Miranda, de 14 anos, mapeou, até o momento sete possíveis asteroides. Aluna do nono ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ela fez as descobertas durante a participação em um programa no International Astronomical Search Collaboration (IASC) da Nasa.

Os dados que construiu agora serão analisados e submetidos ao Minor Planet Center, que o repositório oficial mundial de dados sobre asteroides. Se as detecções forem confirmadas, elas podem se tornar descobertas. De acordo com a UFSC, todo o processo pode demorar entre 6 a 10 anos.

Apaixonada por Astronomia, a jovem integra o projeto “O Caça Asteroides MCTI”, programa entre com parceria entre o Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações e a agência espacial norte-americana. Segundo Rosa Maria, a detecção dos objetos é resultado de um interesse pelo universo desde a infância.

“Desde criança sempre fui muito ligada à ciência. Comecei a fazer muitos cursos e, inclusive, um dos primeiros foi um de Astronomia e Astronáutica da UFSC, um curso de extensão. Depois, fiz Astrofísica Geral e passei a me envolver em um monte de projetos”, explica.

Programa
O “Caça Asteroides” é realizado por uma plataforma da Nasa que fornece imagens de um telescópio da Universidade do Havaí. As fotos são distribuídas às equipes cadastradas e analisadas pelos participantes do programa de forma virtual.

Antes mesmo de ser destaque no mapeamento de asteroides, Rosa Maria coleciona destaques. Um deles foi a participação na 1ª Olimpíada Brasileira de Satélites, a Obsat.

Com outros três alunos do colégio, ela elaborou um nanossatélite de monitoramento dos níveis de gás carbônico (CO2) na estratosfera localizada acima das florestas de mangue do país.

O projeto foi selecionado em segundo lugar na categoria de Ensino Fundamental II e está em fase de execução. Segundo a adolescente, a proposta é desenvolver e testar um satélite pequeno. Se os resultados forem positivos, um objeto maior será lançado ao espaço por um balão e os dados coletados.

“Ficamos sabendo de última hora do projeto das Olimpíadas, então a gente teve que criá-lo em uma semana. Foi bem corrido, cogitamos várias ideias, mas acabamos chegando a uma solução muito legal. Estou bem orgulhosa”, afirmou.

Fonte: G1 Santa Catarina
Foto: UFSC/Divulgação