Um levantamento do Jornal O Globo aponta que lideranças de 16 estados do PSD resistem ao acordo nacional com petistas. A insatisfação acontece em meio aos acenos entre o pré-candidato do PT ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, em torno de uma aliança já no primeiro turno da corrida eleitora.

Para a maioria dos dirigentes, o mais conveniente seria uma postura neutra ou a candidatura própria. A Bahia é uma das onze unidades da federação em que há proximidade entre os dois partidos. Enquanto isso, há 13 estados em que os líderes preferem escapar da polarização e outros três (Paraná, Rio Grande do Norte e Distrito Federal) onde a preferência é por Bolsonaro.

Diferente de outros estados, líderes do PSD na Paráiba tratam a aliança com indiferença. O ex-prefeito Romero Rodrigues afirmou que está desinteressado quanto aos rumos que o ex-ministro Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, tomar para a sucessão presidencial.  Mesmo que eventualmente a opção venha a ser apoiar Lula, o ex-prefeito pretende permanecer no PSD.

Mas em outros estados da região, há entraves. No Maranhão, o PSD filiou o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Jr. para encabeçar uma chapa ao governo na oposição a Flávio Dino (PSB), aliado de Lula.

No Rio Grande do Norte, o ministro Fábio Faria (Comunicações) anunciou que deixará o PSD para apoiar Bolsonaro, mas seu pai, o ex-governador Robinson Faria, concorrerá a deputado federal e segue prestigiado no comando do partido. Em novembro, Kassab participou de um evento do PSD potiguar e endossou a oposição à governadora Fátima Bezerra, do PT, que tentará a reeleição.

Fonte: Blog do BG

Foto: Ricardo Stuckert