Já estão com a Comissão de Finanças da Câmara Municipal de Natal, informações extra oficiais, porém reais, da reprovação, por parte do Tribunal de Contas do Estado, das contas da Prefeitura da capital, ainda da gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, referentes aos anos de 2014 e 2015.

O parecer pela reprovação das contas de 2014, teve como relator o conselheiro Poti Júnior.

Já as contas de 2015 tiveram o parecer recomendando reprovação, pelo relator Gilberto Jales.

As informações chegaram à Câmara após pedido, por ofício, por parte da Comissão de Finanças do legislativo municipal, que tem como membros os vereadores Raniere Barbosa (presidente), Nivaldo Bacurau (vice), Robério Paulino, Anderson Lopes e Robson Carvalho.

Como é filiado ao PDT e enfrenta problemas com Carlos Eduardo para deixar a legenda, Carvalho se absteve da discussão alegando suspeição.

Após a Câmara ser considerada omissa por não julgar as contas do então prefeito Carlos Eduardo Alves, a Comissão de Finanças, a quem cabe a análise antes de encaminhar ao plenário, solicitou que o TCE enviasse as informações sobre as contas de 2014, 2015, 2016, 2017 e 2018 que o TCE não julgou.

Detalhe: as contas do governo Robinson Faria, de até 2018, já foram julgadas pelo TCE, tendo a última sido encaminhada à Assembleia.

Já as prestações de contas da Prefeitura, apesar de dois relatórios com reprovação, seguem guardadas.

A Comissão teve acesso à tela de computador com os pareceres pela reprovação das prestações de contas de 2014 e 2015, mas enviou ofício pedindo que o Tribunal se pronuncie oficialmente.

Antes de encaminhar o requerimento ao Tribunal, a Comissão de Finanças consultou a Secretaria Legislativa da Câmara, para ter certeza que os relatórios não haviam chegado à Casa.

Segundo as informações de conhecimento da Comissão, a prestação de contas de 2015 apresentam, com maior gravidade, o uso triplicado do que foi autorizado como remanejamento de crédito, o que configura improbidade administrativa.

A Comissão de Finanças da Câmara aguarda as informações oficiais por parte do TCE, para que as contas de Carlos Eduardo Alves sejam discutidas e julgadas.

Caso a Casa receba o que já deveria ter recebido, e mantenha os pareceres dos relatores Poti Júnior e Gilberto Jales, Carlos Eduardo ficará inelegível por um período de 8 anos.

Fonte: thaisagalvao.com.br
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