Na noite de terça-feira de carnaval, o deputado federal General Girão (PSL) foi apanhado pela blitz da Lei Seca, em Pirangi, mas se negou a realizar o teste do bafômetro.

De acordo com informações do Blog do Dina, o auto de infração indica que, após o deputado se recusar a fazer o teste do bafômetro, o veículo que ele conduzia precisou ser levado por outra pessoa.

De acordo com a legislação brasileira, quem não quiser realizar o teste do bafômetro responde pelas mesmas infrações de quem fez o teste e teve álcool detectado no sangue. Além de ter que pagar uma multa no valor de R$ 2.934,70, a sua carteira de habilitação é recolhida e, por um ano, o seu direito de dirigir é suspenso.

Girão é conhecido por defender a retidão e a moralidade em seu mandato como parlamentar. Em suas redes, já defendeu a educação como forma de ter um trânsito mais consciente, apesar de sua conduta indicar que fez o contrário do que pregou.

Em nota, o deputado afirma que realizou o teste, diferente do que consta no auto, irá contestar o alegado no auto de infração.

Confira na íntegra nota emitida por Girão:

Na noite da última terça-feira (1), no Litoral Sul, após jantar com minha família, fui abordado pela Blitz da Lei Seca e, diferente do que consta no auto de infração, na ocasião, foi realizado o teste do etilômetro, mais conhecido como teste do bafômetro, com um equipamento que não tinha a necessidade de assoprar. Por orientação do agente de trânsito, dei lugar à outra pessoa habilitada para conduzir o veículo. 

Reitero que assumi a responsabilidade da infração de trânsito e, mesmo tendo avistado a barreira policial com certa distância, não me desviei da direção nem me neguei a realizar qualquer tipo de exame sugerido pelas autoridades policiais no local. Acrescento que, em nenhum momento durante a abordagem, me identifiquei como deputado federal nem como General do Exército. 

Com base no princípio do contraditório e da ampla-defesa, usarei dos meios administrativos a fim de contestar o alegado no auto de infração e, como qualquer cidadão brasileiro, estarei sujeito aos trâmites legais para fazer valer os meus direitos e deveres.

O que me causa surpresa e certa indignação é a divulgação do auto de infração com os meus dados para fins meramente eleitoreiros e políticos, infringindo a Lei Geral de Proteção de Dados e regras administrativas, onde, também utilizarei dos meus direitos a fim de buscar os responsáveis pela divulgação.

Por fim, parabenizo a Polícia Militar por ter exercido seu papel, uma vez que a Lei deve ser igual para todos.

Fonte: Portal Grande Ponto