O Mercado da Redinha, na zona Norte de Natal, deverá ter sua estrutura derrubada em um prazo de até 10 dias. As desocupações dos permissionários para que a demolição possa acontecer foram iniciadas nesta segunda-feira (07), prazo dado pela Prefeitura do Natal para que os trabalhadores deixassem o espaço. A derrubada faz parte das obras do novo Complexo da Redinha, com atividades já iniciadas.

“Estamos seguindo o cronograma de retirada do pessoal. A medida que eles forem saindo, parte deles saiu hoje e até o fim da semana esperamos que todos tenham saído para assinar a ordem de serviço e fazer a demolição e reforma total do mercado. Em até 10 dias, no máximo, esperamos fazer a demolição”, disse o secretário de Obras de Natal, Carlson Gomes.
Nesta segunda, fiscais da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) estiveram no Mercado da Redinha para acompanhar a desocupação e ouvir os permissionários. Não houve tumulto na saída, mas os trabalhadores pedem um lugar para poder vender seus produtos enquanto a obra será executada.“Nós queremos que tenha sim a reforma, a estrutura não é boa, os banheiros, todos sabemos. Quando tem o inverno, enche. Mas o que a gente queria era que tivéssemos um lugar para trabalhar. Uma das minhas garçonetes tem quatro filhos. Ela vai ficar como? Queria que eles organizassem um lugar para colocar esse pessoal para trabalhar”, reclama a vendedora Raquel Barbosa, 50 anos, que possui outros três trabalhadores em seu espaço.
O secretário de Serviços Urbanos de Natal, Irapoã Nóbrega, esteve no local e conversou com os trabalhadores. Segundo ele, os permissionários sugeriram dois lugares para ficarem enquanto a obra acontece: uma região próximo ao passeio de balsa e por trás da igreja, ambas próximas à rua Francisco Ivo, na Redinha. 
“Se a gente colocá-los em algum local que não tenha mínima estrutura, eles não vão ter uma certa venda, comercialização. Vamos estudar outro local. Eles queriam por trás da antiga igrejinha, mas toda essa área vai ser revitalizada. Essas pessoas não vão ficar desamparadas, terão um auxílio de R$ 1.200. Houve essa revitalização no Beco da lama, não houve problema nem atraso”, explicou.
“Eles sugeriram um local na Redinha Nova. Vamos mandar uma equipe para ir lá nesta terça-feira, avaliar e ver se dá para atender de alguma forma para solucionar esse problema deles”, acrescentou Nóbrega.
A respeito do valor de R$ 1.200, a Semsur explicou que os permissionários do Mercado da Redinha deverão fazer um cadastro na pasta para obter o recurso, que será pago mensalmente enquanto a obra for executada. O valor, segundo a pasta, foi definido a partir da Lei 7.252/2021, sancionada em novembro do ano passado.
Uma das obras mais aguardadas pelos moradores e turistas que frequentam a zona Norte, o Complexo da Redinha teve seus trabalhos iniciados e quatro dos cinco lotes referentes a obra já estão  com as atividades em execução. O único lote sem ser iniciado é referente ao novo Mercado da Redinha. Orçada em R$ 25 milhões, recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Prefeitura do Natal, a previsão é de que o Complexo da Redinha seja finalizado num prazo de 18 meses.
A obra do Complexo Turístico da Redinha engloba a reformulação completa do mercado e criação de novos acessos ao local; abertura de nova rua ligando a ponte Newton Navarro ao mercado; construção de deck para passeio; recuperação do quebra-mar e instalação de nova iluminação na área. Além disso, a Prefeitura promoverá novos 29 boxes e seis restaurantes na obra final do Complexo Turístico.

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Adriano Abreu