O líder da minoria, senador Jean Paul Prates (PT-RN), apresentou um requerimento de convocação para que o ministro da educação Milton Ribeiro preste informações sobre audio divulgado pela imprensa nacional. O requerimento será analisado na sessão da Comissão de Educação desta quinta-feira.

No áudio, Milton Ribeiro afirma priorizar, a pedido do Presidente da República, a destinação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE a municípios administrados por prefeitos vinculados aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura.

Para o senador potiguar, o ministro está está rasganto o artigo 37 da Constituição Federal e ferindo todos os princípios que norteiam a administração pública direta e indireta.

“O Ministério da Educação é uma pasta estratégica para o desenvolvimento nacional. Durante o governo Bolsonaro, tragicamente, a gestão do MEC vem sendo marcada por descontinuidade, incompetência, ideologização, descompromisso e tudo sugere que também por ilegalidades”, declara no documento.

Ainda de acordo com informações veiculadas pela imprensa, os mencionados pastores, sem exercer funções públicas no Governo Federal, participam ativamente de atividades oficiais do Ministério da Educação, fazendo uso inclusive de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) para deslocamentos e integrando uma equipe de gabinete paralelo da educação.

Natália Bonavides protocola ação no MPF para apuração de crimes no MEC

A deputada federal Natália Bonavides (PT) acionou, nesta terça-feira 22, o Ministério Público Federal (MPF) para que sejam investigadas as condutas do ministro da Educação Milton Ribeiro, e do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que estariam privilegiando amigos pastores na distribuição de recursos do Ministério da Educação (MEC). Natália Bonavides ainda pede que o MPF busque responsabilizá-los nas esferas cível e criminal na hipótese de serem confirmados os crimes em que incorreram. A ação foi motivada após divulgação, pela Folha de S.Paulo, de áudio do ministro Milton Ribeiro em que ele afirma que o governo prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores que não têm cargo e atuam em um esquema informal de obtenção de verbas do MEC.

Em seu Twitter a deputada petista classificou o caso como no mínimo escandaloso. “O ministro da Educação admite que negocia verbas do MEC com pastores para beneficiar amigos de Bolsonaro a pedido do próprio presidente. Essa negociação de verbas é criminosa. Enquanto isso, a educação e a pesquisa sofrem com cortes de recursos. Denunciamos no MPF e que seja investigado já”, pontuou.

Fonte: AgoraRN

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