O ex-presidente Lula recebeu o apoio do Solidariedade nesta terça-feira em evento que teve a participação de lideranças de outros partidos, como o senador Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PSD- AM) e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Em seu discurso, Lula, que estava ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), indicado a vice de sua chapa, disse que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer agir como imperador do Japão com a sua proposta de implantar o semipresidencialismo.

Para o petista, sem uma bancada forte de apoio, o poder do presidente fica limitado. Lira é aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em seu discurso, Lula disse que será difícil aprovar medidas de interesse do trabalhadores “se o atual presidente da Câmara continuar com o poder imperial, porque ele já está querendo criar o semipresidencialismo”.

— Ele já quer tirar o poder do presidente para que o poder fique na Câmara dos Deputados e ele aja como se fosse imperador do Japão. Ele acha que ele pode mandar inclusive mandando no orçamento.

O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força (SP), alertou o petista de que “alguns que estão ao seu lado acham que a eleição está ganha”. Lula rebateu e disse que não pensa que a eleiçäo está ganha.

Paulinho também afirmou que a campanha de Lula não deve tratar de reforma trabalhista:

— Esquece esse negócio de reforma trabalhista. Só joga água no nosso moinho.

O presidente do Solidariedade disse que a questão dos direitos trabalhistas pode ser resolvida na Câmara com facilidade em dois meses após a posse do novo presidente.

Lula, por sua vez, afirmou não acreditar que a situação seja tão simples.

Fonte: AgoraRN

Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo