O senador Styvenson Valentim (PODEMOS) ainda evita um anúncio definitivo sobre se aceita concorrer ao Governo do Estado nas eleições deste ano. Ontem, durante entrevista ao “Jornal da Manhã”, da rádio Jovem Pan News Natal, o parlamentar disse que a possível candidatura depende “do apelo popular”.

Styvenson Valentim afirmou também que seu suplente é outro motivo para ter dúvida sobre disputar o governo. “Se Styvenson sai candidato e ganha, quem entra vai manter compromissos? Um cara que eu não tenho relacionamento nenhum?”, questionou o senador. 
Ele lembrou que teve desentendimento com o  seu suplente. “[Ele brigou comigo a campanha todinha [ao Senado em 2018], ameaçou e disse que ia tirar a suplência para cair toda a chapa, as pessoas não lembram disso”, narrou.
O primeiro suplente do senador Stynvenson Valentim é Alisson Taveira Leal, 44 anos, advogado que foi candidato a prefeito de Touros em 2016 e em 2020.
O senador também disse que não foi convidado por nenhum outro partido de oposição à governadora Fátima Bezerra (PT), que será candidata à eleição: “Sou convidado pelo povo, né? Sou convidado pela população, eu escuto pelas ruas, ando pelas ruas, talvez seja esse o meu diferencial de estilo, porque não dei minha vida em nada indo, continuo fazendo minhas coisas habituais”.
Styvenson Valentim disse que sempre “respeitou a vontade da maioria”, tanto que em 2018, saiu candidato a senador sem pegar carona no Bolsonarismo e, este ano se for candidato ao governo, “vai sozinho com a população, pra que vou me agarrar com esse povo, se tem o povo lá fora, que está vendo tudo e não concorda”. 
No entanto, Valentim confirmou que só teve uma conversa com o deputado estadual Kelps Lima (SOLIDARIEDADE), porém não se abordou convite ou apoio a uma eventual candidatura ao governo. “Só em 2018 que houve a proposta para sair pelo SOLIDARIEDADE e escolher o REDE e quase tive um prejuízo com o REDE, naquele momento, uma confusão entre eu e o partido”.
Styenson Valentim apareceu em segundo lugar, com 13% (Fátima tinha 34%) na primeira pesquisa TN/Ipespe divulgada em 30 de março. “Sinto-me lisonjeado, porque está no parlamento três anos longe das mídias, disseram que eu tudo que fazia tinha atribuição da Lei Seca, acho que ainda é resquício de  uma boa atuação, mas  atuo muito pelas redes sociais”, explicou.
Em relação a campanha eleitoral deste ano, o senador do PODEMOS disse que “muitas pessoas que não zelam pela palavra, que tem, vão prometer mais uma vez”, mas não faz avaliação de pré-candidatos a nao ser de suas atuações.
No caso do ex-vice-governador Fábio Dantas (Solidariedade), “teve uma parcela de contribuição, porque fez parte do Executivo, não tem como se eximir, não tem como dizer que que não fez, nesses três anos ou nos oito que eu permanecer no Senado, eu não tenho como me eximir do que aconteceu na política brasileira durante o meu período que eu estou dentro”.
Para Styvenson Valentim, o político tem que “dizer que estava lá, tentei ou não tentei, votei errado, votei dessa forma, tem que ter em que assumir responsabilidades”. 
Ele afirma que não faz oposição só ao governo estadual, “faço posição à mentira, falsas promessas a enganação. Eu faço posição a tudo isso, faço a posição a má gestão e ineficiência, as pessoas que já passaram por aqui, tem anos de experiência na política, estão desse lado tanto tempo, não trouxeram nada para gente de bom”.
Styvenson garantiu que todos os prefeitos do Rio Grande do Norte foram beneficiados por emendas através de seu mandato ao longo dos três anos que exerce o cargo de senador. Contudo, garantiu que somente 20% deles, aproximadamente, seguem com as portas abertas com ele para solicitar mais recursos.
“A única coisa que peço a eles é a comprovação de que os recursos foram gastos com a população. E eu fiscalizo mesmo. Quem demonstra, pode continuar falando comigo que eu vou ajudar. 20% dos prefeitos têm as portas abertas para receber mais recursos”, afirmou o senador.Afirmando que nenhum dos seus projetos no Senado deverá ser aprovado devido ao conteúdo, que tratam, entre outras coisas, sobre transparência, combate à corrupção e redução de despesas, Styvenson disse que segue tentando fazer sua parte no Parlamento. “Mas não sou sozinho. São 81 senadores que precisam aprovar”. Por outro lado, ele garante que tem conseguido boas ações como senador, inclusive na área de educação, como na Escola Estadual Maria Ilka, no Bom Pastor.
“Como se diz, cesteiro que faz um cesto faz cem. Estou fazendo como senador (na educação). Três prefeitos me procuraram para repetirmos o modelo de escolas cívico-militares e começou com Nísia Floresta. Em breve teremos mais novidades”, garantiu o senador, que afirmou também que uma nota zero para a atuação do Governo do Estado e de alguns prefeitos na educação “é muito”.
Francisco do PT diz não haver discussão sobre RafaelO deputado Francisco do PT foi o entrevistado do Jornal da Manhã, da Jovem Pan News Natal (93,5FM), ontem. O deputado, que é líder do Governo na Assembleia Legislativa, disse que o partido conta com o apoio do presidente da Casa, deputado Ezequiel Ferreira (PSDB), a Fátima Bezerra, e que desconhece qualquer discussão sobre a possibilidade do deputado Rafael Motta (PSB) ser o candidato ao Senado do grupo de situação.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Francisco do PT, defendeu a ampliação de alianças para o projeto de reeleição da governadora Fátima Bezerra nas eleições de outubro, que incluem o deputado federal Walter Alves (MDB) como pré-candidato a vice-governador e o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT) para senador, tema de debate principal, no encontro de tática previsto para o dia 21: “O PT é um partido que esse caracteriza desde a sua formação pela pluralidade em um ambiente de muito debate interno e, com com as decisões tomadas, são acatadas mesmo por aqueles  que discordaram dos encaminhamentos”.
Francico do PT diz  que o ingresso de Walter Alves “já foi feito”, inclusive sendo discutido desde a visita do presidente Lula  ao Rio Grande Norte quando se reuniu com ex-senador e ex-ministro Garibaldi Filho e com o deputado. “Em que pese a pluralidade de ideias, na hora em que o partido bateu o martelo no seu encontro estadual, isso será superado, eu venho defendendo a ampliação do arco de alianças, não é de hoje, e acredito portanto que nós estamos construindo uma rocesso de construção da Ampliação do política de alianças capaz de fazer com que a governadora Fátima possa ter a possibilidade de continuar processo de reconstrução do Rio Grande do Norte”.
Para o deputado, a ala ideológica do PT terminará apoiando as decisões que estão sendo tomadas, porque “estamos diante de um momento histórico extremamente importante, não só para o Brasil comprar o Rio Grande do Norte. Eu digo que 2022 é um ano da encruzilhada da história o povo brasileiro vai ter que escolher esse continua com esse projeto de destruição, que nós estamos vivenciando no país, inclusive com forte viés é fascista e intolerância  e de ódio, isso nós vamos ter que escolher agora”.
Segundo o deputado, “a gente tem que fazer política é baseado em propostas. Projetos discutindo pautas que possam fazer o estado avançar e não em sobrenomes da polícia, senão a gente vai passar o tempo todo discutindo quem é Alves, quem é Medeiros, quem é Azevedo no passado recente, mas a gente tem que avançar com o Rio Grande do Norte”.
O parlamentar afirma que acha “interessante ter esse debate, porque até bem pouco tempo os mesmos Alves que agora são questionados, porque estão apoiando a eleição da governadora Fátima, eram cotados para serem candidatos de oposição e não se questionava, isso quer dizer que serve quando era para ser pela oposição e não serve para apoiar um projeto que está dando certo no Rio Grande do Norte”.
Francisco do PT questiona “se o que vai ser levado em consideração este ano é o seguinte –  o povo do Rio Grande do Norte quer continuar com o projeto de reconstrução do estado ou quer entregar de volta o estado aqueles que apoiaram especialmente no último governo, que destruiu as finanças, a infraestrutura do Estado, é uma escolha simples”.
A respeito do fato de alguns  nomes do Partido dos Trabalhadores se manifestaram publicamente contra o nome de Carlos Eduardo como senador e em defesa do nome de Jean Paul Prates para a reeleição e agora do deputado federal Rafael Motra (PSB), o líder governista disse que “essa discussão é superada dentro do PT”. 
Mas, ele afirmou que até o final de maio isso será resolvido, porque “opiniões contrárias dentro do PT sempre foi uma tradição”.

Fonte: Tribuna do Norte

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