Diante do esvaziamento da candidatura de Carlos Eduardo para o Senado, seus aliados agora tentam reduzir o movimento das adesões de lideranças progressistas à pré-candidatura de Rafael Motta. A mais recente liderança de peso a defender o voto em Rafael foi ninguém menos que a presidente da CUT-RN Eliane Bandeira.

Carlos Eduardo não consegue convencer o eleitorado progressista. Mesmo sem o nome de Rafael Motta constar nas pesquisas, Carlos já foi superado por Rogério Marinho nas sondagens. Sua candidatura está em declínio.

A estratégia do desespero agora é alegar que duas candidaturas na base governista podem ajudar na eleição de Rogério. Esquecem de registrar que a candidatura de Carlos Eduardo já demonstra que é incapaz de vencer Rogério nas urnas. Carlos é o candidato mais fraco para enfrentar o bolsonarismo em outubro. É sua candidatura que hoje atrapalha os planos dos progressistas no RN.

Tentar inviabilizar a candidatura de Rafael Motta ao Senado alegando a necessidade de unidade é ainda um contrassenso, já que a unidade requer também contemplar os setores progressistas que não aceitam Carlos Eduardo. O PSB é o partido do vice na chapa de Lula, um aliado de primeira hora da governadora Fátima.

O nome para o que tem sido feito não pode ser outro, é chantagem. Uma chantagem eleitoral que valoriza apenas os interesses das cúpulas partidárias, desprezando o apelo popular e seus desejos. Quem paga o preço é a população do Rio Grande do Norte que precisa de representação à altura dos desafios que enfrenta. Desemprego, precariedade da infraestrutura e carência de políticas sociais. Todos esses problemas requerem novas lideranças capazes de de conduzir políticas públicas satisfatórias.

A sociedade potiguar não pode ficar refém da dupla chantagem de votar em Carlos pra derrotar Rogério ou em Rogério para derrotar Carlos. Merecemos muito mais que uma escolha entre o menos ruim. É hora de recusar a chantagem.

Fonte: Debate Potiguar