É perceptível que Styvenson é um candidato a governo diferente: antipolítico, diz que só confia em si, que não vai pedir voto, nem negociar apoios. Diz, ainda, que permanecerá em Brasília, fazendo campanha apenas pela internet.

A estratégia é similar à campanha exitosa para o Senado em 2018. Mas a situação é outra.

A eleição para senador exige menos articulação com as bases, menos acordos, menos comícios ou atos políticos. Existe uma tendência maior ao voto espontâneo, aqui entendido como aquele em relação ao qual não se precisa pedir. Nos municípios de interior, não há polarização entre as lideranças políticas locais.

Para governo, diferentemente, embora exista uma parcela de voto espontâneo, as bases e lideranças locais tem mais peso. Em regra, as campanhas polarizam no interior, onde os candidatos a governo são recebidos pelos líderes políticos para comícios, caminhadas, carreatas.

Nesse contexto é natural que se pergunte: como fazer tudo isso de Brasília, dizendo abertamente que não quer apoio de lideranças políticas e que pedirá votos para si?

Apesar de tudo isso, Styvenson tem uma quantidade razoável de intenções de votos, que não pode ser desconsiderada, mesmo que prefira publicar fotos com seu pet em vez fazer (pré-)campanha.

Fonte: Debate Potiguar