Le Havre (AE) – O meio-campista Bruno Guimarães deve ser a baixa do técnico Tite para o amistoso desta sexta, contra a seleção de Gana. Ele foi submetido a um exame que constatou um edema na coxa. Na atividade, Neymar ainda deu susto na comissão técnica ao levar uma pancada no joelho. Após atendimento médico, no entanto, ele completou o coletivo sem problemas.

O treino desta quarta, que definiu o time para enfrentar os africanos serviu também para avaliar a condição de Bruno Guimarães. O departamento médico da seleção vê pouco tempo de recuperação para a partida contra o Gana. Assim, o jogador deve mesmo atuar somente na partida contra a Tunísia, na próxima terça.

Bruno Guimarães se apresentou à seleção vindo de uma lesão muscular no Newcastle, da Inglaterra.

Na segunda, ele participou apenas de um trabalho regenerativo, mas depois de treinar junto com o elenco na terça, o jogador se queixou de dores no local e passou a ter uma atenção especial.

Como precaução, o atleta já está em tratamento intensivo no hotel da seleção. O caso clínico não preocupa a comissão técnica Mesmo que vá para o banco de reservas, a tendência é que ele seja poupado para se recuperar plenamente do problema.

Esses dois amistosos vão servir para Tite fazer todos os testes para, enfim, definir a lista de convocados da seleção para a Copa do Mundo. Dessa maneira, o time que for enfrentar a Tunísia deverá ser bastante modificado em relação à equipe escalada para jogar contra Gana.

Faceirinho

O quinteto ofensivo que Tite levará a campo contra Gana, nesta sexta-feira, no penúltimo jogo de preparação da seleção brasileira antes da Copa do Mundo do Catar, vai funcionar caso haja equilíbrio. A avaliação é do treinador, que entende valer a pena correr riscos ao escalar Lucas Paquetá, Neymar, Raphinha, Vinicius Junior e Richarlison juntos.

“Equilíbrio. Equilíbrio. Equilíbrio. Toda vez que se foge desse patamar a gente corre risco”, afirmou Tite em entrevista coletiva nesta quarta-feira, antevéspera do duelo com os ganeses, em Le Havre, na França. A escalação é ofensiva porque Tite recuou Paquetá para fazer a função de segundo volante ao lado de Casemiro, abrindo espaço para escalar mais um atacante.

“O Paquetá é um segundo meio-campista que te traz um senso de criatividade, mas ao mesmo tempo ele te traz um lateral-direito que te dá um equilíbrio defensivo. Ela é criação e gol os nossos objetivo, mas é ter ao mesmo tempo consistência. Nesse equilíbrio a equipe está mais perto de vencer”, justificou o técnico.

Rotulado no passado de retranqueiro e conservador, Tite avisou que foi e é, na verdade, “faceirinho”, termo comumente usado no Rio Grande do Sul. Ser um técnico faceiro denota, para os gaúchos, privilegiar o futebol ofensivo até em casos menos recomendáveis.

“Sou faceirinho. Eu fui campeão gaúcho com o Caxias jogando no 4-3-3. Ganhando de 3 a 0 do Grêmio do Ronaldinho. Campeão com o Grêmio contra o Corinthians por 3 a 1. Campeão com o Corinthians batendo todos os recordes”, lembrou Tite, dando exemplos para sustentar seus argumentos.

Fonte: Tribuna do Norte

Foto: Lucas Figueiredo