Ucrânia afirmou, nesta quinta-feira (26), que as forças russas lançaram mais de 30 mísseis contra vários alvos no país e que seus sistemas de defesa aérea derrubaram 24 drones russos durante a noite.

O porta-voz militar ucraniano, Yuri Ignat, disse à mídia local que, do norte da Rússia, vários caças TU-95 lançaram mísseis na direção da Ucrânia. A mídia relatou explosões em várias regiões.

“Mais de 30 mísseis (…) foram detectados. Os sistemas de defesa aérea estão funcionando”, disse Yuri Ignat.

Anteriormente, a força aérea ucraniana anunciou que, durante a noite, derrubou 24 drones de fabricação iraniana lançados por forças russas do Mar de Azov, no sul do país.

O ataque “foi lançado da costa leste do Mar de Azov. De acordo com informações preliminares, o inimigo usou 24 Shahed (drones). Todos os 24 foram destruídos”, disse a força aérea ucraniana em um comunicado publicado on-line.

Segundo o prefeito de Kiev, uma pessoa morreu, e duas ficaram feridas na manhã desta quinta-feira no bairro de Golosiivsky, no sul da capital, no âmbito destes ataques.

Por sua vez, a administração militar da cidade afirmou que a morte foi causada pela queda de fragmentos de um míssil derrubado.

Após o ataque e como “medida de precaução”, cortes de energia de “emergência” foram realizados na capital, em sua região e nas regiões de Odessa (sul) e Dnipropetrovsk (centro-leste), disse a operadora privada de eletricidade DTEK.

Com os cortes, o objetivo é “evitar danos significativos à infraestrutura elétrica, se os mísseis do inimigo atingirem seu alvo”, disse o grupo no Telegram.

Desde outubro, a Rússia lançou vários ataques aéreos contra a Ucrânia, principalmente contra a infraestrutura de energia. Esses bombardeios danificaram o sistema elétrico ucraniano e forçaram Kiev a fortalecer seus sistemas de defesa aérea com o apoio de seus aliados ocidentais.

O ataque desta quinta-feira ocorreu depois que vários países ocidentais, incluindo Alemanha e Estados Unidos, prometeram fornecer tanques pesados à Ucrânia.

Fonte: G1

Foto: Viacheslav Ratynskyi/REUTERS