Abel Ferreira analisou a goleada do Palmeiras sobre o São Paulo por 5 a 0, na noite desta quarta-feira, no Allianz Parque, pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Após quatro derrotas, o Verdão engatou duas vitórias seguidas e recuperou uma vaga no G-4.

Na avaliação do treinador, o resultado foi justo e ilustrou a superioridade alviverde ao longo da partida.

– Foi um jogo que preparamos bem, essa equipe tem capacidade de resiliência muito forte. Depois daquele jogo do Boca tivemos uma quebra muito grande, na minha opinião produzidos o suficiente, mais do que hoje por exemplo, na segunda parte contra o Boca. Infelizmente só fizemos um gol. Fizemos mais arremates que hoje, mas futebol tem dessas coisas. Foi uma eliminatória difícil, depois com pouco tempo de preparação jogamos contra o Santos, um resultado que não foi justo, nosso adversário ganhou e nos deixou animicamente difíceis.

– É um ano longo, desgastante, mas é isso. Essa equipe é resiliente, consistente, com muitas oportunidades na área, muito volume ofensivo. Acho que foi uma vitória justíssima – analisou Abel.

Durante a entrevista coletiva, Abel Ferreira também comentou sobre o momento turbulento que o clube vinha vivendo desde a eliminação na Conmebol Libertadores. No domingo, contra o Coxa, o Verdão encerrou um período de mais de um mês de vitória, e nesta quarta-feira engatou o seu segundo triunfo consecutivo.

O treinador valorizou os títulos conquistados nos últimos anos e valorizou a união do grupo na Academia de Futebol durante os momentos de críticas.

– Eu sei que a árvore que dá mais frutos é aquele que mais batemos para cair. Nem eu, nem o Palmeiras nos últimos três anos estava acostumado a perder como perdeu. Faz parte. Na história do Palmeiras, ganhou umas, ganhou outras, mas nunca ganhou tanto de forma tão consecutiva. Não sou eu que digo, são fatos. O que me orgulha é que mesmo em momentos difíceis mantemos a união dentro do CT, procuramos dar a resposta. Nem sempre foi possível, mas algumas vezes é preciso perder para encontrar as soluções.

Abel foi questionado sobre a formação com três zagueiros e a postura do Palmeiras no clássico. O técnico disse que o esquema tático irá depender dos jogadores que ele terá à disposição para cada um dos jogos na sequência da temporada.

– Faltou só acrescentar os três zagueiros. Vocês estão tão habituados ao 4-2-3-1, habituados a isso, que até esquecem. As duas equipe que jogaram a Champions uma jogou no 3-5-2, outra que o treinador fraco, acho que é o Guardiola né, jogou com quatro zagueiros e dois volantes, não foi? Mas quando ganhas as coisas estão bem, quando não ganhas, há de encontrar um culpado e assim que funciona.

– Em relação à pergunta, eu disse mais de uma vez, acho que no segundo ou terceiro mês, jogo de acordo com os atletas que tenho e com o que mostram no treino, portanto se tiver que jogar com os moleques, jogo, se tiver que jogar com os mais experientes, jogo, se tiver que jogar com três zagueiros, jogo. Eu que sou treinador, eu que escolho e portanto dar os parabéns – disse Abel.

A segunda vitória seguida no Brasileirão deixou o Palmeiras com 50 pontos, dentro do grupo de classificados com vaga direta para a fase de grupos da Conmebol Libertadores. O Verdão entra em campo novamente no sábado, contra o Bahia, às 19h (de Brasília), no Allianz Parque, pela 30ª rodada.

Veja outros trechos da coletiva de Abel Ferreira:

Oscilação de resultados

– Desde que sou treinador minhas equipes podem jogar mal, treinador pode substituir mal, escalar mal, jogadores jogarem mal, mas esforço e dedicação e entrega nunca faltou a essa equipe, em nenhum jogo. Nem contra o Santos, Boca, em nenhum. Mesmo nas derrotas lutamos até o fim. Mas como disse a cultura de um país não muda de um dia para o outro, muda com décadas, com tempo e eu também não quero mudar nada. Quero continuar a aprender, a ser um melhor treinador, ajudar meus jogadores e nesses momentos de dificuldade que se vê quem são os grandes treinadores e os grandes jogadores.

Fonte: ge

Foto: Cesar Greco/Palmeiras