A governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou, ontem, que a aprovação do projeto de lei na Assembleia Legislativa, autorizando o Estado a aderir ao Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF) do Governo Federal e, por consequência, contrair um empréstimo de de R$ 649,63 milhões, vai permitir investimentos, principalmente, em infraestrutura rodoviária.

A governadora disse, durante entrevista à InterTV que diante da dívida herdada pelo governo, cerca de R$ 1 bilhão somente de quatro folhas salariais atrasadas, “isso impactou, evidentemente, na nossa capacidade de investimentos”.

Fátima Bezerra diz que “esse empréstimo que estamos pleiteando e esperamos que a Assembleia aprove”, foi encaminhado na semana passada (dia 24), porque “só agora o Governo Federal regulamentou as tratativas do Programa de Equilíbrio Fiscal”. Segundo a governadora, as negociações já vinham ocorrendo desde o primeiro ano de mandato, em 2019, “tanto que vários dos critérios exigidos para acessar o programa, já fizemos, como a reforma da previdência e outras medidas do ponto de vista do equilíbrio fiscal, que já adotamos”.

A governadora do Estado ratifica que a autorização da Assembleia vai possibilitar acesso ao empréstimo em contratos distintos, nas instituições bancárias nacionais ou internacionais, que “será destinado para investimentos e com foco nas nossas estradas, essa herança trágica que recebemos, e vai permitir trafegabilidade com segurança e permitir mais desenvolvimento ao Estado”.

Fátima Bezerra fez um retrospecto de que pegou “um Estado destruído”, tanto que em janeiro de 2019, quando assumiu o mandato, tinha nos cofres do Estado um saldo de R$ 3 milhões, enquanto só de folhas de pessoal atrasadas, a dívida era de R$ 1 bilhão

“Só na saúde deixaram um rombo de mais de R$ 125 milhões, em que pese a gestão, na época, ter recursos extras na saúde de mais de R$ 400 milhões entre 2017 e 2018 e a ainda ter encontrado o fundo previdenciário “simplesmente raspado”.

Segundo a governadora, “dentro deste contexto, nunca atrasou salário, ao contrario, a outra gestão de 48 meses, atrasou 36, o único ano em que não atrasaram salários, foi raspando o fundo previdenciário dos servidores do Estado”. A governadora Fátima Bezerra pediu tramitação da matéria em regime constitucional de urgência.

Fonte: tribuna do Norte
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