A recente revelação de indícios de superfaturamento na compra de caminhões de lixo, exposta em reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, foi classificada pelo pré-candidato a senador Rogério Marinho (PL) como desespero da grande mídia.

Conforme a reportagem, após Bolsonaro se associar ao Centrão, a compra e distribuição de caminhões de lixo pelo governo saltaram de 85 para 488 veículos de 2019 para 2021. Ex-ministro do Desenvolvimento Regional e candidato de Bolsonaro no Rio Grande do Norte, Rogério disse que esta é uma denúncia criada infundada criada pelo diário.

“A grande imprensa está desesperada. O Estadão, a cada 15 dias, fabrica um novo escândalo. Veja a questão do tratoraço, que eu fui colocado no centro. Passamos um ano sendo acusados, o MDR entrou com representação no Ministério Público e na Polícia Federal, para recebermos, há 20 dias, um acórdão do Tribunal de Contas da União, mostrando que a ata de quase R$ 3 bilhões – das quais executamos R$ 1,3 bilhão -, resultou em R$ 250 milhões de economia”, disse.

E afirmou que os aumentos de gastos com os veículos no “Bolsolão do Lixão” foram causados pelo reajuste no preço do aço, usado para fabricar caminhões. “Aparece agora o bolsolixo. O Estadão fica fabricando problemas, porque temos um presidente honesto, mas o preço do aço subiu quase 100%. Eles começam a fazer especulações sem levar em conta o preço do mercado. Não estou aqui fazendo defesa, porque nem li nada, mas se for o mesmo padrão (do tratoraço), com certeza, essa vai ser a dedução.”, falou.

NOVA ESTAÇÃO DE CAJUPIRANGA

Ele falou ainda sobre as críticas referentes à nova estação ferroviária de Parnamirim, apontada por adversários petistas como Fernando Mineiro e Divaneide Basílio de “trem-fantasma”. A estação começou a funcionar há duas semanas, pouco mais de um mês após ser inaugurada. “A recuperação da malha ferroviária do RN é o maior investimento feito na infraestrutura ferroviária metropolitana de Natal nos últimos 35 anos. E até julho, a gente deve chegar até São José do Mipibu e, até novembro, a gente conclui também a Zona Norte”, disse.

OITICICA

Sobre a Barragem de Oiticica, ele disse que as obras estão com 93% de sua estrutura pronta. “É uma obra que começou na época de Getúlio Vargas, ocorre que a gestão é do governo do Estado. Precisa repor R$ 20 milhões que foram tirados do convênio, em função de decisões judiciais, e precisa ser reposto para a complementação de obras, por exemplo, de remoção das famílias, de trabalho paleontologia e indenização de áreas que estão sendo inundados em função da formação do lago”, falou.

Ao rebater as acusações de seu adversário eleitoral e pré-candidato ao Senado, Carlos Eduardo (PDT), sobre ser o responsável pela reforma trabalhista, Rogério Marinho, afirmou que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tinha mais de 70 anos e era preciso modernizar a legislação para melhor beneficiar os brasileiros.

“Nós modernizamos a legislação do trabalho. Todos os direitos do trabalhador brasileiro, a partir da constituição de 1988, estão inseridos no artigo 7º da Constituição Federal. Faz três anos que dizem que o trabalhador vai perder o 13º salário, o FGTS, as férias e nada aconteceu, neste sentido. O trabalhador terceirizado não tinha direito de estar igual ao celetista, não podia usar o mesmo banheiro e a discriminação contra mulher, entre outros”, citou.

Falou sobre o trabalho remoto, que começou a ser difundido devido à chegada da pandemia do Covid-19 no Brasil. Sobre gerar desemprego com a reforma trabalhista, ele disse que “precarizar” é palavra de ordem entre os opositores. “É importante dizer que, quem mora em Natal, sabe que há três anos, os garçons eram contratados por um final de semana ou evento específico e não tinha nenhum direito. Ao criar o trabalho intermitente, formalizamos quem não tinha direito. Esse cidadão agora tem o direito a ter o 13º, férias, hora extra”, afirmou Rogério.

CONVITE AO DEBATE

E convidou seu adversário para um debate sobre programas de governo. “Chame o bacharel Carlos Eduardo para a gente conversar amigavelmente, sem agressão e com clima ameno, para que ele diga quais são os problemas que vê na legislação e quais as soluções que ele tem, já que pretende ser o senador da República, para equacionar a questão do emprego no Brasil”.

Rogério reafirmou o que disse ao deixar o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDS) no início de abril, que Carlos Eduardo não sabia o que era trabalho, pois nunca trabalhou na vida.

“Certamente, ele tem uma condição financeira invejável, que não é condição de quem trabalha no Brasil. Eu, por exemplo, não posso passar quatro ano sem trabalhar, nas praias, viajando para a Europa. A situação dele, de não ter a necessidade de prover o sustento de sua família, ele tem muita dificuldade de entender qual a vida de um trabalhador normal”, finalizou.

Fonte: AgoraRN

Foto: José Aldenir