No próximo domingo, 27, acontecerá a eleição suplementar de Pedro Velho, cidade do Litoral Sul Potiguar, a cerca de 90km de Natal. Em clima de reta final os animos se aquecem e vemos nitidamente a gana de alguns pelo poder.

De um lado, estão reunidos todos os ex prefeitos dos últimos 40 anos, todas as famílias tradicionais em torno da candidatura de Edna Lemos, atual prefeita interina do município, que prega novidade, mas carrega nas costas aqueles que passaram pelo poder e não resolveram os problemas da cidade. Pedro Velho, comparada as cidades vizinhas, foi a que menos avançou na região, mesmo sendo uma das que mais arrecada. Em ordem cronológica, Edna Lemos recebe o apoio da Família Targino, Tio Zé, Lenivaldo Brasil, Jalmir Macêdo (que representa também sua filha Dejerlane, eleita no último pleito e cassada por abuso de poder) e Miro, além das tradicionais famílias Carneiro e Costa acumuladoras de processos, cassações. O tradicionalismo na mais perfeita essência. Nos corredores da Prefeitura e nas alamedas da cidade comentam que já se dividem cargos, negociam nomeações e licitações para que todos, mais uma vez, saiam ganhando. Amigos e inimigos históricos unidos contra o novo e contra o povo.

Do outro lado a novidade, o jovem empresário Júnior que embora seja natural de Monte Alegre, casou com a pedrovelhense Daiana Valentin e escolheu Pedro Velho como sua cidade. Acompanhado do Professor Maurício do PT, cidadão conhecido e respeitado na cidade e região, assessor da deputada Isolda do PT e morador da zona rural de Pedro Velho. Júnior e Prof Maurício pregam o novo, a oportunidade para os mais carentes, para os que não frequentam as famílias tradicionais, para os que não estão no centro da negociação entre os tradicionais políticos. Junior trafega tranquilamente no meio do povo, ganhando abraços e o carinho da população.

A Pedro Velho fica a reflexão, “O que é a verdadeira mudança?” apenas o nome que vai governar ou a história que aquele candidato representa? Será que, rodeada pelos exs a prefeita conseguirá resolver os problemas deixados pelos mesmo? Até domingo segue a icógnita e apenas no domingo veremos se o povo acordou ou se o tradicionalismo se perpetuará nas terras do Rio Piquiri.

Foto: Instagram @ednalemoss_