Em meio a uma cobrança intensa de deputados estaduais da oposição, a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) vai apresentar na próxima semana um novo calendário para pagamento das emendas parlamentares. Uma reunião entre articuladores do governo e deputados está acertada para a próxima semana.

No encontro, a gestão petista vai detalhar como as emendas serão pagas. Deverá ser a primeira reunião com a participação de Adriano Gadelha, secretário de Gestão e Projetos Especiais e novo articulador do governo. Os secretários Raimundo Alves Júnior (Gabinete Civil) e Carlos Eduardo Xavier (Fazenda) também são esperados.

A reunião para acertar o calendário das emendas deveria ter acontecido na última quarta-feira 30, mas foi adiada para a próxima semana porque o líder do governo na Assembleia Legislativa, Francisco do PT, e o deputado de oposição Tomba Farias (PSDB) viajaram.

Cada um dos 24 deputados estaduais tem direito a R$ 3,5 milhões em emendas por ano, das quais R$ 300 mil precisam ser para a saúde. Em maio, o governo propôs pagar R$ 500 mil até o dia 30 de junho e mais R$ 700 mil entre 1º de julho e 30 de agosto, totalizando R$ 1,2 milhão. Nesta data, pela proposta, seria apresentado um cronograma para o pagamento dos R$ 2,3 milhões restantes.

No entanto, segundo apurou a reportagem, menos de R$ 500 mil foram pagos para cada parlamentar até agora – cerca de 14% do total.

Nesta semana, Tomba Farias subiu à tribuna da Assembleia para cobrar o pagamento das emendas. “As pessoas precisam entender que as emendas são dos municípios, é do interior, das pessoas que estão na ponta, esperando pela saúde, são 27 mil pessoas na fila das cirurgias”, disse o deputado porta-voz da oposição.

Coronel Azevedo (PL) também subiu o tom das críticas. “O governo não tem palavra, o compromisso do governo do PT é um calendário de folhas soltas”, enfatizou. “O que estamos assistindo é um absurdo e essa Casa tem de tomar providências, no sentido de ter o respeito por parte do Executivo, não podemos ficar inertes como fica o governo há três anos”, acrescentou Gustavo Carvalho (PSDB).

Fonte: AgoraRN

Foto: João Gilberto/ALRN