Natural de Sete Lagoas (MG), o tecelão Gleidson Tiago da Cruz, 41 anos, vivia com a esposa e a filha de apenas 2 anos a 130 metros do supermercado onde esfaqueou Giovane Ferreira da Silva, pelas costas, em plena luz do dia na última sexta (3).

Discreto nas redes sociais, Cruz mantinha um perfil no LinkedIn, conforme relata o vereador de Blumenau Leonel Camasão, do PSOL. O parlamentar escreveu sobre o incidente em seu Twitter.

As publicações com as quais o assassino interagiu eram um misto de mensagens religiosas, motivacionais e de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Cruz também costumava interagir com posts de Luciano Hang, dono da rede de lojas de varejo Havan.

Segundo a polícia, o crime foi cometido com uma faca de posse de Cruz. Há gravações das câmeras de segurança do supermercado mostrando Cruz perseguindo a vítima e o esfaqueando pelas costas.

O juiz Eduardo Reis converteu a prisão de Cruz em prisão preventiva após a audiência de custódia, realizada no último sábado (4). O magistrado não acatou a tese da defesa do acusado – de legítima defesa.

Conforme Rodolfo Warmeling, advogado de defesa, a discussão teria ocorrido pelo desrespeito por parte da vítima, “seguida por uma ameaça velada à integridade física da filha menor de idade do autor”.

“Inviável dizer que o indiciado agiu em legítima defesa, ao menos neste momento embrionário das investigações, porque não há nenhum elemento concreto que possa corroborar tal versão até o momento”, disse o juiz na decisão pela prisão preventiva.

De acordo com o vereador psolista de Blumenau, muitos perfis bolsonaristas continuam explorando o caso nas redes sociais, tentando justificar a morte de uma pessoa em situação de rua.

Fonte: Blog do Silvério Filho