Para ter a candidatura de Styvenson ao Governo, o Podemos precisou atender seus desejos. O partido tem a candidatura de Valentim como prioridade no estado, tanto que dirigentes nacionais da legenda, como a presidente do Podemos Mulher, Márcia Pinheiro e o coordenador político Bruno Ornelas compareceram à convenção.

“Não abrimos mão da candidatura dele ao governo do Rio Grande do Norte. Nós contamos com isso. O estado precisa dessa candidatura e isso se reflete em pesquisas de opinião pública. Sabemos da seriedade que ele impõe ao mandado que tem”, disse Ornelas.

Entre as condições impostas, está a espera para ele anunciar a candidatura quando quisesse. Em junho, a legenda havia definido que caso não se confirmasse a pré-candidatura dele ao Executivo Estadual até o dia 19 daquele mês, o partido se daria o direito de abrir diálogo com outros partidos de oposição. Em resposta, durante entrevista à Jovem Pan News Natal, Styvenson declarou que não seria vice de ninguém e que não aceitaria pressão do partido. 

“Que agonia é essa? Que desespero é esse de tomar a decisão dia tal? Eu tomo no dia que eu achar seguro tomar”, protestou o parlamentar, no programa Tribuna Livre. “Dia 19, eu não vou tomar decisão nenhuma, só porque eu não quero, agora”, ironizou o senador. “É mais fácil eu sair do partido. Não devo nada a ninguém, não devo nada a partido nenhum”, enfatizou na entrevista.

Atendendo o desejo dele, o Podemos evitou negociar com outras siglas. “Vamos fornecer alternativa para o estado e se a população acreditar que esse é o caminho certo será assim”, disse o presidente da Executiva Estadual, Felipe Madruga.

Porém, sobre o apoio à candidatura presidencial ainda há uma divergência. Enquanto Styvenson diz que não pedirá voto para nenhum candidato, o presidente da legenda apresenta outro posicionamento. “O Podemos Nacional fechou coligação com a candidatura de Simone Tebet, do MDB. Acredito que esse é o posicionamento do nosso diretório estadual também”, frisou.

A decisão de não utilizar recursos do fundo partidário também foi aceita e até elogiada. “O senador já deixou claro que não quer utilizar recursos públicos, então existe a oportunidade de fazer diferente. Os deputados estaduais que fizerem requerimento para utilizar o fundo eleitoral, terão esse recursos disponível. Os que não quiserem, vão bancar com recursos próprios, com doações, como a legislação permite”, explicou Felipe Madruga.

O partido não terá candidatos à deputado estadual, mas compôs uma nominata com nove candidatos à Câmara Federal com Aldair Gari, Alexandre do Detran, Silvia Helena, Marco Trigueiro (Natal), Kesia Magali (Parnamirim), Clarissa Matias (Macaíba), Professor Ozildo (Touros), Carlinhos da Vale (Macau) e Gilson Veras (Janduís), homologada na convenção de ontem.

Fonte: Tribuna do Norte

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