Com a candidatura do potiguar Rogério Marinho (PL) à presidência do Senado Federal, há a expectativa de que, caso seja eleito, o Rio Grande do Norte venha a ser beneficiado com a abertura de mais investimentos, graças a sua habilidade de articulação. Esse sentimento tem animado a classe política do estado que vê no ex-ministro uma ponte que facilite o acesso dos municípios em Brasília. Na quarta-feira (7), Marinho foi confirmado como candidato pelo Partido Liberal na disputa que tem como adversário o atual presidente da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG).

A impressão causada na classe política potiguar foi animadora, como se pôde ver com os prefeitos das duas maiores cidades do estado. Em Natal, o prefeito Álvaro Dias (PSDB) reconheceu que o cargo almejado por Rogério é estratégico para o estado.

“A presidência do Senado é um dos mais altos postos da República do Brasil. Além de honroso para quem o ocupa, é estratégico, no sentido de abrir portas para a consolidação de investimentos públicos”, disse ele.

Além disso, considerando o apoio na liberação de recursos para grandes obras em Natal durante o Governo do presidente Jair Bolsonaro, alidao de Rogério, Dias pontuou que será fundamental para o Rio Grande do Norte que o ex-ministro consiga viabilizar as condições necessárias para ajudar os municípios. “Não há dúvida de que ele ficaria mais fortalecido e se empenharia com muito mais força para buscar recursos para os projetos de que o nosso Estado precisa”, enfatizou o Álvaro Dias.

Nas eleições de outubro, o prefeito da capital caminhou ao lado de Rogério, sendo uma das forças que o ajudaram a se eleger e destacando o apoio recebido para obras como a engorda da praia de Ponta Negra, o terminal turístico da Redinha e o hospital municipal, que já conta com recursos garantidos.

Assim como ele, cerca de 100 prefeitos, abraçaram a campanha do ex-ministro nas eleições. Entre eles, Allyson Bezerra (SD), que administra Mossoró, o município de segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do Norte, com 183.285 eleitores, segundo dados de junho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, ele justificou que o ex-auxiliar do governo federal “abriu portas importantes e destinou para Mossoró recursos de Brasília”.

Agora, o prefeito mossoroense reforça que Rogério tem totais condições de assumir a presidência do Senado. “É extremamente competente e já mostrou isso quando foi ministro. Muito contribuiu para o Rio Grande do Norte. Faço torcida para que ele seja eleito presidente do Senado, e certamente se for, será parceiro ainda mais forte, dos municípios e do estado do RN na capital federal”, disse o prefeito mossoroense.

A eleição para a presidência do Senado está marcada para ocorrer no dia 1º de fevereiro do ano que vem, através de votação secreta. São necessários, ao menos, 41 votos para um candidato vencer. Rogério já conta com os senadores do seu partido, o PL, que emergiu das eleições de outubro passado com a maior bancada e em 2023 terá 15 parlamentares na Casa. Além disso, são esperados os seis votos dos Progressistas (PP), em contrapartida pelo apoio à recondução do deputado Arthur Lira (PP-AL) na Câmara Federal.

Há ainda a expectativa da confirmação do apoio do Podemos, com seis votos e do Republicanos, que contará com 3 senadores. O PSC, com um senador, também deve entrar no grupo após se incorporar ao Podemos. “O início do recesso parlamentar vai ser utilizado por nós para conversarmos com os demais senadores, com aqueles que estão na Casa, os que foram eleitos e com as demais forças políticas, porque entendemos que essa presidência necessariamente precisa representar o conjunto dos senadores e da população brasileira”, pontuou Rogério Marinho ao oficializar sua candidatura com a proposta de tornar o parlamento mais forte e independente.

Fonte: Agora RN

Foto: Adriano Abreu/secom