Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) informou que o bloqueio desta vez foi de R$ 21 milhões.

A deputada federal reeleita Natália Bonavides (PT-RN) ingressou com uma ação na Justiça Federal para solicitar a retomada de investimento no Programa Emergencial de Distribuição de Água Potável no Semiárido Brasileiro, conhecido como Operação Carro-Pipa.

De acordo com matéria publicada no site UOL na quarta-feira 14, o Governo Federal voltou a suspender o serviço nesta semana por falta de verbas. Em novembro, a operação também chegou a ser suspensa pelo mesmo motivo.

Ao UOL, o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) informou que o bloqueio desta vez foi de R$ 21 milhões. Ainda conforme o MDR, o recurso para manutenção da operação até o fim do mês não foi liberado pelo Ministério da Economia, não havendo previsão para que isso ocorra.

“Bolsonaro tem massacrado o povo nordestino nos últimos anos e, agora, no apagar das luzes do seu governo, ele corta o acesso à água para milhares de famílias que dependem da distribuição através da Operação Carro-Pipa. É desumano. A questão da água é muito séria para ser tratada com tamanha irresponsabilidade por Bolsonaro e seus aliados. Denunciamos e esperamos que medidas urgentes sejam tomadas”, pontuou a parlamentar.

A deputada já havia denunciado em 2021 a suspensão da operação, que teve seu retorno assegurado à época. O abastecimento emergencial de água é de responsabilidade da Operação Carro-Pipa, que é executada pelo Exército Brasileiro e coordenada pelo Ministério do Desenvolvimentos Regional, através da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, e atende às populações atingidas por estiagem e seca na região do semiárido nordestino e região norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo.

O site oficial do programa traz a informação de que, dos 461 municípios onde deveria chegar o serviço, 259 estão aguardando os recursos. Não suficientemente, em 56 cidades os serviços estão temporariamente suspensos. Ou seja, aparentemente apenas 146 dos 461 municípios estão sendo atendidos pelo programa após seus recursos terem sido cortados, o que afeta cerca de 1,1 milhão de pessoas.

Fonte: Agora RN

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados