O FBI (Federal Bureau of Investigation), serviço de inteligência e segurança dos Estados Unidos, encontrou documentos que provam que Frederick Wassef, advogado da família de Jair Bolsonaro, recomprou o relógio Rolex do acervo presidencial a mando do general da reserva do Exército Mauro Lourena Cid, pai do também general Mauro Cid, braço-direito do ex-presidente.

As provas foram enviadas à Polícia Federal, que fechou um acordo com autoridades americanas.

O advogado já admitiu que foi aos Estados Unidos para recomprar o item, mas negou ter recebido ordem de Bolsonaro ou de alguém próximo a ele. Nos documentos enviados pelo FBI à PF, no entanto, há elementos que provam que ele readquiriu o item com dinheiro vivo e que a determinação partiu do general.

A corporação brasileira já recebeu os documentos e cruza as informações obtidas por autoridades americanas com elementos que já estavam disponíveis no inquérito sobre o caso.

O relógio foi recebido por Bolsonaro de presente durante viagem ao Oriente Médio e foi vendido ilegalmente nos Estados Unidos, segundo a PF. Em agosto, Wassef admitiu que realizou a recompra, mas disse que usou recursos próprios para pagar.

“Utilizei meu próprio dinheiro para adquirir o relógio. Minha intenção ao comprá-lo era cumprir uma determinação do Tribunal de Contas da União (TCU)”, afirmou o advogado. Na ocasião, ele ainda exibiu um recibo de compra no valor de US$ 49 mil e disse que o governo deve R$ 300 mil a ele.

O item foi vendido em junho de 2022 por Lourena Cid e recomprado menos de um ano depois por Wassef. À época, o TCU investigava a negociação do relógio e determinou que ele fosse devolvido à União.

Fonte: Blog do Silvério Filho