A candidata do PT a deputada federal Samanda Alves criticou o orçamento secreto, classificando-o como “um escândalo sem precedentes no país”. Em entrevista ao jornal Agora RN, a petista disse que o representante do bolsonarismo no Rio Grande do Norte, o candidato do PL ao Senado, Rogério Marinho, liberou recursos públicos para a construção de um mirante próximo a um terreno de sua propriedade na cidade de Monte das Gameleiras.

A candidata avalia que Rogério Marinho simboliza o atraso para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte e precisa ser derrotado nas urnas. “Um representante da política do compadrio e do toma lá da cá. Alguém sem o menor compromisso com o povo. É o tipo de político que está na vida pública para se servir, e não para servir ao povo. Ele deveria ter vergonha de se candidatar. Até porque esteve no coração do governo Bolsonaro. Mas vergonha na cara é uma coisa que essa turma não tem”, lamentou.

Samanda Alves relembra o caso do “Orçamento secreto”, que envolve o nome de Marinho. Conforme denúncias publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, enquanto estava à frente da pasta do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o bolsonarista liberou recursos públicos para a construção de um mirante próximo a um terreno de sua propriedade na cidade de Monte das Gameleiras.

“O orçamento secreto é um escândalo sem precedentes em nosso país. E o ex-ministro Rogério Marinho tem todas as suas digitais nisso. Ele é representante da política do ‘compadrio’ e do ‘toma-lá-da-cá’. O orçamento secreto está sob investigação do Ministério Público”, afirmou.
Ainda segundo Samanda, “Bolsonaro terceirizou o governo para o centrão. Quem governa o país hoje, quem tem a chave do cofre, é o presidente da Câmara Artur Lira. Enquanto o povo passa fome e eles cortam recursos da educação e da saúde pública, utilizam dinheiro público ao prazer de suas conveniências eleitoreiras. Rogério Marinho tem todas as suas digitais nisso”, enfatizou.

REFORMA TRABALHISTA
Segundo Samanda Alves, Rogério Marinho foi um dos responsáveis pela aprovação da reforma da trabalhista, que alterou mais de 100 pontos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). “Uma reforma feita por quem odeia trabalhador e quer ver o povo subjugado com fome, sem emprego e sem direitos. Veio para precarizar ainda mais as relações de trabalho.

Legalizou o trabalho intermitente, promoveu a terceirização geral e irrestrita e fragilizou os sindicatos e a justiça do trabalho. Hoje temos trabalhadores sem horários fixos de trabalho, nem segurança sobre quanto será sua remuneração ao final do mês. Recebem por hora trabalhada e trabalham de acordo com a demanda do empregador. Temos muita gente trabalhando recebendo menos que um salário mínimo”, destacou.

Ela disse que a reforma da previdência, que o então secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, ajudou a aprovar é mais uma herança trágica desse governo. “Acabou com o sonho de milhões de trabalhadores de um dia se aposentarem e ainda reduziu o valor das pensões pagas às viúvas. Uma reforma que atinge principalmente os mais pobres, que começam a trabalhar muito cedo, e podem morrer sem conseguir cumprir os critérios que foram estabelecidos para se aposentar”, ressaltou.

Fonte: AgoraRN

PT. Foto: Reprodução/TSE