O senador Styvenson Valentim não aceita pressões internas do Podemos, partido ao qual é filiado, para que decida sobre uma eventual candidatura a governador do Rio Grande do Norte, mesmo faltando a apenas 30 dias para o início das convenções partidárias. “Que agonia é essa? Que desespero é esse de tomar a decisão dia tal? Eu tomo no dia que eu achar seguro tomar”, protestou o parlamentar, no programa “Tribuna Livre”, da Rádio Jovem Pan News Natal.

Styvenson Valentim contestou, na manhã de ontem, o estabelecimento de uma data pela Executiva Estadual do partido com apoio de pré-candidatos aos cargos de deputado federal e estadual, para que o senador anuncie se aceita ou não enfrentar nas urnas a governadora Fátima Bezerra (PT). “Dia 19, eu não vou tomar decisão nenhuma, só porque eu não quero agora”, ironizou o senador.

Valentim até ameaçou sair do Podemos, caso persista a insistência para ceder as pressões sobre uma definição de candidatura a governador, conforme foi definido pelo partido no sábado (11). “É mais fácil eu sair do partido. Não devo nada a ninguém, não devo nada a partido nenhum”, reclamou.

O PODEMOS havia definido, no fim de semana, que caso não se confirme a pré-candidatura de Valentim ao Executivo Estadual, o partido também poderá abrir diálogo com outros partidos de oposição, ele declarou, entretanto, que não será vice de ninguém, bem como repete o que disse em outras entrevistas”, que a candidatura dele também não depende de uma decisão exclusivamente pessoal, “não parte de mim, depende de mim, depende do cidadão”.

Ela acha dificil subir em palanque alheio, porque não é de sua característica, “por ser difícil estar no meio aonde há falsidade, a rasteira”, não que seja o melhor de todos os político, “pelo menos não sacaneio ninguém, não furo ninguém”.

O senador Styvenson Valentim ainda comentou sobre o seu voto favorável à proposta de emenda constitucional que limita em 17% a cobrança de ICMS sobre os combustíveis e serviços de energia e telefonia pelos estados. “Era lógica e simples a votação, ficar do lado de quem paga tudo nesse país, o povo brasileiro, inclusive pão, o trigo que é transportado pelo caminhão, o transporte público, a questão de colocar alguns itens como essencial, então não tive dúvidas”.

Pelo fato de estados e municípios reclamarem a perda arrecadação, segundo o senador, os gestores deviam anunciar quando tiveram de aumento de receitas durante a pandemia de coronavírus. “Se for perder de verdade, façam igual a população, que está perdendo renda também com a inflação, apertem os cintos, economizem, deixem de gastar com futilidades e deixam de ser ineficientes”, acusou.

Para o senador, somente os estados e municípios querem que os contribuintes “se arrebentem de pagar impostos, para manter a máquina pública ineficiente como é”. Ele chegou a dizer, mesmo sem citar diretamente o governo do Estado, que a maior parte dos recursos arrecadados foi para pagar folhas de servidores – “isso é obrigação, é essencial, ainda pagou com dinheiro que veio”.

Com informações da Tribuna do Norte
Foto: Reprodução/JP News Natal